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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Conversas Difíceis Para os Profissionais de Recursos Humanos

Fui muitas vezes confrontada enquanto profissional de Recursos Humanos  com temas difíceis que precisavam ser abordados com os funcionários das empresas pelas quais trabalhei e que pelo óbvio, acabavam por terem que ser noticiadas pela área de RH. A matéria abaixo foi publicada no site Blogging 4 Jobs
link:  http://www.blogging4jobs.com/hr/five-difficult-conversationsworkplace-leaders-hr/
O Jornal brasileiro O Globo fez menção a esta matéria com o top 5 em dificuldade para serem tratados com os funcionários, o link está em português, com a reportagem completa: http://oglobo.globo.com/emprego/as-cinco-conversas-mais-dificeis-para-profissional-de-rh-7203608
Os pontos principais foram:
1- Falta de cuidados com a higiene pessoal
2- Rescisão de contrato
3- Anúncio de cortes na empresa
4- Morte
5- Investigação na empresa
Acrescentaria a esta lista, abordar com um funcionário problemas de alcoolismo, em consequência o funcionário faltar ao trabalho e não cumprir suas funções em função de estar ou chegar alcoolizado à empresa. 
Lembro que, abordar qualquer tema difícil requer tato e muito respeito ao funcionário. Portanto avalie a forma de falar, seja bastante profissional, acima de tudo seja humano.
E você profissional de RH ou que trabalha liderando equipas vê outros temas que também teve ou tem muita dificuldade em abordar com os funcionários? Conte para nós.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Você Já Foi Demitido?

Nos tempos actuais a palavra DEMISSÃO virou um palavrão, que dá medo em toda a gente. Não que seja fácil passar pelo processo. Muitas pessoas sentem vergonha, se sentem derrotadas, acham que a culpa é delas por ter acontecido tal situação, o que nem sempre é verdade. Digo isto a pensar nas pessoas que trabalham ou trabalharam em empresas que passaram por algum processo de mudança, como ter sido comprada por outra ou pela empresa ter falido ou qualquer situação em que o profissional não teria controle perante o ocorrido. 
Ser demitido gera um misto de sentimentos entre eles derrota, medo, tristeza, incerteza, sensação de incapacidade e até vergonha pelo acontecido. É um momento doloroso que ninguém duvide, mas não é o fim do mundo. O que é perder o emprego? Perder o emprego, não é perder a vida. Sempre existem alternativas, nem sempre se quer enfrentar as alternativas, as mudanças, isto é um facto. Será necessário rever a própria vida, despesas, gastos, alterações no padrão de vida, mas dizer que não há nenhuma solução, isto não é verdade. Muitas vezes a pessoa demitida considera que foi injustiçada, que aquilo não deveria ter ocorrido pois se dedicou por anos a fio à empresa. O que pode ser verdade, mas não impede da empresa demiti-la. Vai ser necessário que se ponha de lado o papel de vítima, o que não é fácil para muitos encare a situação frontalmente. Não estou a dizer que é fácil, que não haverá momentos de baixa, mas é possível. Não há fórmula mágica, mas é muito importante ver as coisas como elas realmente são, sem drama. Fica mais fácil operar, encontrar soluções se não se focar no problema.
Quantas vezes ao ser demitida a pessoa pode enxergar a oportunidade de iniciar um negócio próprio, algo que sonhava há anos e não tinha como viabilizar economicamente, ou mudar de área de actuação, encarar uma nova profissão, voltar a estudar,enfim mudar de vida mesmo. Foi preciso que algo  aparentemente negativo ocorresse para que a mudança fosse operada. Sabemos que nem sempre é assim, mas o mais importante é conseguir enxergar a situação como uma oportunidade para mudar, para sair da situação muitas vezes que se está a trabalhar. Pode se estar desmotivado há anos, mas a pessoa não vê, não faz nada, apenas reclama pois o que importa é ter a garantia de que terá "o salário"  no dia X mesmo que se leve uma vida infeliz. Mesmo que se tenha vontade de enfrentar novos desafios, mas não tenha coragem. Então a demissão foi o mal que veio para o bem.
Muitas vezes para se mudar há que se ter um choque, uma ruptura.
Sua vida não acabou, você não é o seu emprego. Pense sobre isto.



terça-feira, 15 de maio de 2012

Currículo - Cuidado Mentiras Podem Destruir Sua Carreira

Falar sobre a elaboração do currículo, auxiliar os candidatos com suas dúvidas de como preparar um currículo ideal fazem parte do meu trabalho como Consultora de Recursos Humanos. 
É importante frisar  que dar destaque as suas qualidades, habilidades e competências não significa inventar que fez algo que não fez seja um curso xpto ou exerceu uma função fictícia. Tudo para incrementar e chamar a atenção do selecionador. Não caia nisso, é perigoso e mortal para sua carreira. 
Se quem está a fazer a seleção do currículo tiver experiência e um detector de mentiras afiado, poderá colocá-lo em uma situação terrível e caso não aconteça nada e você for "bem sucedido" com o que contou, poderá ser desmascarado com o passar dos meses e até anos depois, num lindo dia de sol, onde a pessoa que mentiu nem "lembrava" mais do assunto ou achou que ninguém se lembraria mais. Ledo engano, a verdade vem à tona. 
Minha motivação em escrever sobre esse tema mais uma vez aqui no blog foi ter lido que o CEO da Yahoo foi demitido do cargo por possível mentira no currículo. Segundo informações ele que dizia ter feito a faculdade de Ciência da Computação e na realidade tinha concluído apenas Contabilidade.
Quando entrevistando candidatos a uma vaga de emprego, fico atenta ao que a pessoa escreveu no currículo,  mas não só isso, pois é claro que isto pode ofuscar. Se o selecionador não fizer uma entrevista por competências e investigar, pedir exemplos algo no estilo conte-me mais sobre esse tema, conte-me em que ano foi isso (para ver a veracidade dos factos) não observar, olhar, ouvir atentamente e sentir o candidato, pode estar comprando "gato por lebre"(ditado muito comum no Brasil). A pessoa que está na sua frente para ser entrevistada está em sua grande maioria tensa, nervosa, preocupada em ter uma boa performance, só que isto não é suficiente para esquecer de falar a verdade.
Nos inúmeros processos seletivos que já fiz peguei inúmeras mentiras, algumas grandes como um candidato a gerente de marketing que dizia que tinha um MBA feito na Inglaterra, quando na verdade tinha feito um curso de extensão de 3 dias aproveitando que estava de passagem por aquele país, outra que dizia que falava inglês com fluência mas na hora da prova oral, confessou que não tinha, uma que dizia ser formada em Psicologia mas não apresentava o diploma, um que dizia que estava desempregado mas na realidade trabalhava há anos numa empresa, seu eu forçar a memória vou lembrar de tantos que dava para escrever um livro.
Façamos agora uma análise profunda será que seu currículo tem algumas "mentirinhas" supostamente inofensivas? Volto a dizer MUITO CUIDADO pois pode terminar muito mal.
Veja os links de algumas notícias sobre a demissão do CEO da Yahoo.


http://info.abril.com.br/noticias/mercado/yahoo-anuncia-saida-de-ceo-apos-fraude-em-curriculo-13052012-8.shl


http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2012/05/ceo-do-yahoo-pode-ser-demitido-por-erro-no-curriculo.html

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=556627


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dica de Filme Larry Crowne

Larry Crowne pode ser considerado um filme bastante despretensioso, o que não o torna menos importante. É uma comédia romântica, daquelas bem leves e muitos podem estar a pensar o que tem a ver com recursos humanos ou desenvolvimento pessoal, temas que abordo neste blog? Tudo.
A história desenrola-se com Larry Crowne interpretado por Tom Hanks que está perfeito no papel de um funcionário que trabalha numa empresa há muito tempo, que ano após ano é premiado com o título de "funcionário do mês" fazendo jus ao seu duro trabalho e que um belo dia é confrontado com uma reestruturação na empresa (o que é mais comum do que possamos imaginar), o gestor o chama para um "feedback" e diz-lhe que apesar de todo o seu trabalho e anos dedicados, as coisas mudaram e devido as "políticas da empresa" viram que ele não tinha faculdade e que teriam que demiti-lo. É um facto(como dizemos cá em Portugal) também bastante comum. A pessoa dedica-se por anos a fio ao seu trabalho, cai num piloto automático e esquece-se de si própria e não se apercebe da realidade e do seu desenvolvimento pessoal. Pode ser que a pessoa viva isso num casamento e não só numa relação de trabalho. A pessoa "dedica-se" tanto ao outro, que esquece-se de si própria. Mas Larry Crowne aproveita a oportunidade e o qeu poderia virar uma tragédia, trasnforma-se em aprendizado, dá a volta por cima e muda. Muda tudo, volta à Universidade e o restante fica para que assistam ao filme. É divertido, leve, romântico e tem ainda Julia Roberts que é das minhas atrizes americanas preferidas. O melhor do filme? A tomada de consciência que precisava mudar de vida, mesmo que tenha sido depois de uma demissão.
Excelente pedida!
Recomendo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Reclame Menos, Trabalhe Mais

Foto: http://onlyhdwallpapers.com/wallpaper/dr_house_hugh_laurie_everybody_lies_gregory_desktop_1680x1050_wallpaper-75
É provável que em algum momento da sua vida, você já tenha trabalhado ou convivido com alguém que reclama de tudo e de todos. Pode ser na família, no círculo de amigos, no convívio diário, nos transportes públicos, enfim creio que todos já tiveram essa experiência.
Quem já assistiu a um episódio da série House sabe do que estou falando. Um médico muito inteligente, competente, só que com um ego nas alturas, que é um rabugento e reclamão de plantão. Que trabalha ou convive com um Doutor House em suas vida sabe do que falo ou será você um Doutor House? Pense sobre o tema...
Reclamar vem do latim reclamare, que significa "gritar contra". Muitas pessoas passam uma grande parte de suas vidas a reclamarem, é algo do tipo, isso não está bom, não está do meu jeito, porque não fazem assim... Podemos ler nas entrelinhas, que muitas vezes por trás de um reclamão tem uma pessoa com um alto grau de exigência consigo próprio e com o outro, possui muitas insatisfações e até frustrações não resolvidas, então reclama.
Na vida profissional é comum ter alguém a reclamar o tempo todo que nada está bom, que fala mal da empresa, do chefe, da equipa, dos colegas, ele apenas não reclama de si próprio, afinal como dizia Sartre " O inferno são os outros". Quando isso acontece, transferimos para as outras pessoas nossa cota de responsabilidade por não estar satisfeito com algo e passa-se uma existência a reclamar, reclamar e reclamar.
É possível lidar com alguém que reclama o tempo todo, principalmente no ambiente de trabalho? Um local onde passamos maior parte do nosso dia? Sim é possível. A dica é um líder positivo dará um feedback ao funcionário, mostrando que sua atitude não contribui em nada. De maneira geral pessoas que reclamam muito são pessimistas e olham a vida pela ótica negativa, é a tal estória do copo meio vazio, tende a ver apenas o negativo e não age para ver o que pode ter de positivo.
Como entre a vida pessoal e a vida profissional existe uma linha tênue, é muito provável que o profissional reclamão aja em família assim.
A atitude de ficar reclamando contagia e pode contaminar uma equipa toda, assim como o sorriso também. É muito importante que o líder peça a pessoa reclamona que dê sugestões para a mudança e parta para a ação, pois muitas vezes a pessoa reclama e não tem nenhuma sugestão positiva, é a reclamação vazia, reclamar por reclamar.
Pare de reclamar e olhe as coisas boas, positivas e que não há como ter mudanças se não tiver uma AÇÃO.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DEMISSÃO - O ÚLTIMO RECURSO

Organizando alguns materiais aqui em casa, encontrei um texto de Stephen Kanitz de 2001, sobre um tema sempre actual, demissão e decidi partilhar com todos vocês. Aqui em Portugal, é o assunto da vez, por conta da crise.
Eu levanto a seguinte questão, que é partilhada por muitos autores como os portugueses Miguel Pina e Cunha Arménio Rego e outros, no livro Organizações Positivas - Manual de Trabalho e Formação. Será que demitir é o melhor a se fazer? Se for necessário realmente como fazer isso com mais humanismo? Toda empresa tem uma responsabilidade social muito grande com todos seus trabalhadores.
Ser demitido é um dos momentos mais dolorosos na vida de um ser humano, imagine não ser demitido com dignidade... como por exemplo por telegrama, por telefone ou por e-mail. Sim estas são algumas das formas desumanas e indignas de dizer para um trabalhador que ele não será mais necessário na Organização e algumas empresas ainda o fazem, como a Groudforce (empresa controlada pela TAP) fez no Faro(Portugal) despedindo 336 funcionários por e-mail.
Não vou entrar no mérito do que vem acompanhado com a demissão, como o sentimento de incapacidade, de menos valia, tristeza, depressão. Isto daria uma outra postagem e vale abordar o assunto em breve e eu o farei com certeza. Quero apenas lembrar que este é um dos temas mais delicados quando se trata da gestão das pessoas nas organizações. Concordam?
Tenho um exemplo de empresa que se recusou a seguir na onda do que estava a acontecer no momento de "crise". Após o 11 de setembro muitas empresas americanas entraram em colapso e a medida imediata que muitas encontraram foi demitir. A Southwest Airlines(SWA) companhia aérea, se recusou a fazer demissões em massa. Por que? Talvez por que a não visasse apenas o curto prazo.
Com a crise mundial de 2008, muitas empresas no Brasil tiveram como primeira opção a demissão. Desperdício de talentos? Precipitação? Única Opção? São muitas as hipóteses. É um assunto que dá margem para muita reflexão para todos nós profissionais de recursos humanos.
Lembrei do filme "Up in the air" onde a questão demissão é abordada e recomendo para quem não viu. O actor George Clooney interpreta um executivo especializado em demitir pessoas ao redor do mundo. Sua empresa para diminuir custos com suas inúmeras viagens, hotéis, etc, decide contratar uma executiva jovem, que apresenta uma "solução fantástica" para a empresa: demitir as pessoas via web cam pela internet. Claro que a situação não é tão simples, pois estamos lidando com pessoas, seus sentimentos e emoções, anos de dedicação, amor ao trabalho, medos angústias. O filme teve inúmeras críticas pois não é uma história de amor, só que o título em português faz menção a um filme romântico, nada a ver. Como profissional de RH, penso que nos abre espaço para pensar sobre o tema. Recomendo.
Aguardo comentários.

Você Está Demitido!

Stephen Kanitz

Você é diretor de uma indústria de geladeiras. O mercado vai de vento em popa e a diretoria decidiu duplicar o tamanho da fábrica. No meio da construção, os economistas americanos prevêem uma recessão, com grande alarde na imprensa.

A diretoria da empresa, já com um fluxo de caixa apertado, decide, pelo sim, pelo não, economizar 20 milhões de dólares. Sua missão é determinar onde e como realizar esse corte nas despesas.

Esse é o resumo de um dos muitos estudos de caso que tive para resolver no mestrado de administração, que me marcou e merece ser relatado. O professor chamou um colega ao lado para começar a discussão. O primeiro tem sempre a obrigação de trazer à tona as questões mais relevantes, apontar as variáveis

críticas, separar o joio do trigo e apresentar um início de solução.

"Antes de mais nada, mandaria embora 620 funcionários não essenciais, economizando 12 200 000 dólares. Postergaria, por seis meses os gastos com propaganda, porque nossa marca é muito forte. Cancelaria nossos programas de treinamento por um ano, já que estaremos em compasso de espera. Finalmente, cortaria 95% de nossos projetos sociais, afinal nossa sobrevivência vem em primeiro lugar".

É exatamente isso que as empresas brasileiras estão fazendo neste momento, muitas até premiadas por sua "responsabilidade social".

Terminada a exposição, o professor se dirigiu ao meu colega e disse:

-Levante-se e saia da sala.

-Desculpe, professor, eu não entendi - disse John, meio aflito.

-Eu disse para sair desta sala e nunca mais voltar. Eu disse: PARA FORA!

Nunca mais ponha os pés aqui em Harvard.

Ficamos todos boquiabertos e com os cabelos em pé. Nem um suspiro. Meu colega começou a soluçar e, cabisbaixo, se preparou para deixar a sala. O silêncio era sepulcral. Quando estava prestes a sair, o professor fez seu último comentário:

-Agora vocês sabem o que é ser despedido. Ser despedido sem mostrar nenhuma deficiência ou incompetência, mas simplesmente porque um bando de prima-donas em Washington meteu medo em todo mundo.

Nunca mais na vida despeçam funcionários como primeira opção. Despedir gente é sempre a última alternativa.

Aquela aula foi uma lição e tanto.

É fácil despedir 620 funcionários como se fossem simples linhas de uma planilha eletrônica, sem ter de olhar cara a cara para as pessoas demitidas.

É fácil sair nos jornais prevendo o fim da economia ou aumentar as taxas de

juros para 25% quando não é você quem tem de despedir milhares de funcionários nem pagar pelas conseqüências.

Economistas, pelo jeito, nunca chegam a estudar casos como esse nos cursos de política monetária.

Se você decidiu reduzir seus gastos familiares "só para se garantir", também estará despedindo pessoas e gerando uma recessão.

Se todas as empresas e famílias cortarem seus gastos a cada previsão de crise, criaremos crises de fato, com mais desemprego e mais recessão.

A solução para crises é reservas e poupança, poupança previamente acumulada.

O correto é poupar e fazer reservas públicas e privadas, nos anos de vacas

gordas para não ter de despedir pessoas nem reduzir gastos nos anos de vacas

magras, conselho milenar. Poupar e fazer caixa no meio da crise é dar um

tiro no pé.

Demitir funcionários contratados a dedo, talentos do presente e do futuro, é suicídio.

Se todos constituíssem reservas, inclusive o governo, ninguém precisaria ficar apavorado, e manteríamos o padrão de vida, sem cortar despesas.

Se a crise for maior que as reservas, aí não terá jeito, a não ser apertar o cinto, sem esquecer aquela memorável lição: na hora de reduzir custos, os seres humanos vêm em último lugar.

Artigo Publicado na Revista Veja, edição 1726, ano 34, nº45, em 14 de Novembro de 2001.