domingo, 31 de outubro de 2010

EMPREGO TEMPORÁRIO


Quando o mês de outubro vai chegando, as vagas de trabalho temporário começam a surgir e aí vem uma grande oportunidade de conseguir um espaço ao sol.
Muitas pessoas iniciam no mercado através de um emprego temporário de Natal.
Nos processos seletivos para trabalhos temporários em geral, são realizadas entrevistas coletivas. Por que isso ocorre? É uma forma "rápida" de selecionar um candidato.
Muitas perguntas me chegam: O que eu devo falar numa entrevista coletiva? Fale o necessário, nada de ficar querer ser o centro das atenções, falando sem parar. Não despreze jamais os outros candidatos.Valorize seus pontos fortes. Ninguém gosta de pessoas presunçosas que parecem saber tudo. Em resumo o que digo sempre: SEJA VOCÊ MESMO!
Lembre-se que o fato de ser mais tímido ou introvertido não é uma desvantagem, falar demais não é falar bem.(Falarei num outro post sobre a questão da timidez nas entrevistas de emprego).
Boa apresentação pessoal é imprescindível, unhas limpas, roupas limpas, discrição nas roupas para as meninas, nada de decotes, saias curtas.
No mais desejo boa sorte na entrevista e como a economia brasileira está aquecida tenho certeza que você tem grandes chances de terminar o ano empregado.

(Ps: Imagem retirada do site www.oilondres.com.br)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

LEI DO CAMINHÃO DE LIXO

Recebi esse texto de uma amiga e quero partilhar, achei fantástico.

Lei do Caminhão de Lixo - Autor desconhecido

Um dia peguei um taxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa, quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.

O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente.
Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo.
E ele o fez de maneira bastante amigável.
Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto?

Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo."
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo, andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento.
À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente.
Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu! Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa ou nas ruas.
Fique tranquilo... respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia.
A vida é muito curta, não leve lixo.
Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.

A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!
Tenha um bom dia, Livre de lixo!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DEMISSÃO - O ÚLTIMO RECURSO

Organizando alguns materiais aqui em casa, encontrei um texto de Stephen Kanitz de 2001, sobre um tema sempre actual, demissão e decidi partilhar com todos vocês. Aqui em Portugal, é o assunto da vez, por conta da crise.
Eu levanto a seguinte questão, que é partilhada por muitos autores como os portugueses Miguel Pina e Cunha Arménio Rego e outros, no livro Organizações Positivas - Manual de Trabalho e Formação. Será que demitir é o melhor a se fazer? Se for necessário realmente como fazer isso com mais humanismo? Toda empresa tem uma responsabilidade social muito grande com todos seus trabalhadores.
Ser demitido é um dos momentos mais dolorosos na vida de um ser humano, imagine não ser demitido com dignidade... como por exemplo por telegrama, por telefone ou por e-mail. Sim estas são algumas das formas desumanas e indignas de dizer para um trabalhador que ele não será mais necessário na Organização e algumas empresas ainda o fazem, como a Groudforce (empresa controlada pela TAP) fez no Faro(Portugal) despedindo 336 funcionários por e-mail.
Não vou entrar no mérito do que vem acompanhado com a demissão, como o sentimento de incapacidade, de menos valia, tristeza, depressão. Isto daria uma outra postagem e vale abordar o assunto em breve e eu o farei com certeza. Quero apenas lembrar que este é um dos temas mais delicados quando se trata da gestão das pessoas nas organizações. Concordam?
Tenho um exemplo de empresa que se recusou a seguir na onda do que estava a acontecer no momento de "crise". Após o 11 de setembro muitas empresas americanas entraram em colapso e a medida imediata que muitas encontraram foi demitir. A Southwest Airlines(SWA) companhia aérea, se recusou a fazer demissões em massa. Por que? Talvez por que a não visasse apenas o curto prazo.
Com a crise mundial de 2008, muitas empresas no Brasil tiveram como primeira opção a demissão. Desperdício de talentos? Precipitação? Única Opção? São muitas as hipóteses. É um assunto que dá margem para muita reflexão para todos nós profissionais de recursos humanos.
Lembrei do filme "Up in the air" onde a questão demissão é abordada e recomendo para quem não viu. O actor George Clooney interpreta um executivo especializado em demitir pessoas ao redor do mundo. Sua empresa para diminuir custos com suas inúmeras viagens, hotéis, etc, decide contratar uma executiva jovem, que apresenta uma "solução fantástica" para a empresa: demitir as pessoas via web cam pela internet. Claro que a situação não é tão simples, pois estamos lidando com pessoas, seus sentimentos e emoções, anos de dedicação, amor ao trabalho, medos angústias. O filme teve inúmeras críticas pois não é uma história de amor, só que o título em português faz menção a um filme romântico, nada a ver. Como profissional de RH, penso que nos abre espaço para pensar sobre o tema. Recomendo.
Aguardo comentários.

Você Está Demitido!

Stephen Kanitz

Você é diretor de uma indústria de geladeiras. O mercado vai de vento em popa e a diretoria decidiu duplicar o tamanho da fábrica. No meio da construção, os economistas americanos prevêem uma recessão, com grande alarde na imprensa.

A diretoria da empresa, já com um fluxo de caixa apertado, decide, pelo sim, pelo não, economizar 20 milhões de dólares. Sua missão é determinar onde e como realizar esse corte nas despesas.

Esse é o resumo de um dos muitos estudos de caso que tive para resolver no mestrado de administração, que me marcou e merece ser relatado. O professor chamou um colega ao lado para começar a discussão. O primeiro tem sempre a obrigação de trazer à tona as questões mais relevantes, apontar as variáveis

críticas, separar o joio do trigo e apresentar um início de solução.

"Antes de mais nada, mandaria embora 620 funcionários não essenciais, economizando 12 200 000 dólares. Postergaria, por seis meses os gastos com propaganda, porque nossa marca é muito forte. Cancelaria nossos programas de treinamento por um ano, já que estaremos em compasso de espera. Finalmente, cortaria 95% de nossos projetos sociais, afinal nossa sobrevivência vem em primeiro lugar".

É exatamente isso que as empresas brasileiras estão fazendo neste momento, muitas até premiadas por sua "responsabilidade social".

Terminada a exposição, o professor se dirigiu ao meu colega e disse:

-Levante-se e saia da sala.

-Desculpe, professor, eu não entendi - disse John, meio aflito.

-Eu disse para sair desta sala e nunca mais voltar. Eu disse: PARA FORA!

Nunca mais ponha os pés aqui em Harvard.

Ficamos todos boquiabertos e com os cabelos em pé. Nem um suspiro. Meu colega começou a soluçar e, cabisbaixo, se preparou para deixar a sala. O silêncio era sepulcral. Quando estava prestes a sair, o professor fez seu último comentário:

-Agora vocês sabem o que é ser despedido. Ser despedido sem mostrar nenhuma deficiência ou incompetência, mas simplesmente porque um bando de prima-donas em Washington meteu medo em todo mundo.

Nunca mais na vida despeçam funcionários como primeira opção. Despedir gente é sempre a última alternativa.

Aquela aula foi uma lição e tanto.

É fácil despedir 620 funcionários como se fossem simples linhas de uma planilha eletrônica, sem ter de olhar cara a cara para as pessoas demitidas.

É fácil sair nos jornais prevendo o fim da economia ou aumentar as taxas de

juros para 25% quando não é você quem tem de despedir milhares de funcionários nem pagar pelas conseqüências.

Economistas, pelo jeito, nunca chegam a estudar casos como esse nos cursos de política monetária.

Se você decidiu reduzir seus gastos familiares "só para se garantir", também estará despedindo pessoas e gerando uma recessão.

Se todas as empresas e famílias cortarem seus gastos a cada previsão de crise, criaremos crises de fato, com mais desemprego e mais recessão.

A solução para crises é reservas e poupança, poupança previamente acumulada.

O correto é poupar e fazer reservas públicas e privadas, nos anos de vacas

gordas para não ter de despedir pessoas nem reduzir gastos nos anos de vacas

magras, conselho milenar. Poupar e fazer caixa no meio da crise é dar um

tiro no pé.

Demitir funcionários contratados a dedo, talentos do presente e do futuro, é suicídio.

Se todos constituíssem reservas, inclusive o governo, ninguém precisaria ficar apavorado, e manteríamos o padrão de vida, sem cortar despesas.

Se a crise for maior que as reservas, aí não terá jeito, a não ser apertar o cinto, sem esquecer aquela memorável lição: na hora de reduzir custos, os seres humanos vêm em último lugar.

Artigo Publicado na Revista Veja, edição 1726, ano 34, nº45, em 14 de Novembro de 2001.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

GESTÃO COM E PARA PESSOAS



Dando continuidade ao Projecto "ENTREVISTAS", apresento uma pessoa que entende de PESSOAS e acredita na humanização verdadeira da área de RH. Ela irá abrilhantar este espaço falando sobre aGESTÃO COM PESSOAS e mais sobre o ser humano nas organizações.
Paula Alexandrisky é Economista, Especialista em Gestão de Pessoas e Orientação de Carreira, Gestora da Área de Pessoas do Centro Universitário Plínio Leite(UNIPLI) em Niterói- RJ(Brasil), Professora Universitária dos Cursos de Administração de Empresas e Pós Graduação em Gestão Empresarial, Consultora de Recursos Humanos e Palestrante.
Apaixonada pelo seu trabalho e pela vida. Pratica na essência os conceitos: autoconhecimento, reflexão, busca de informações e escolhas. Erra e acerta, mas é uma optimista em relação ao que a vida apresenta.
Como Paula iniciou sua carreira na área dos Recursos Humanos e o que a motivou?
Na verdade descobri a área de RH depois que já estava cursando Economia da UFF(Universidade Federal Fluminense), em Niterói (RJ). Já havia cursado 65% do curso, quando me dei conta de que não era aquela profissão que queria seguir. Pesquisei, entrevistei profissionais do mercado de trabalho e conheci a área de Recursos Humanos, me apaixonei! Decidi terminar o curso de Economia e depois me especializar em Gestão de Pessoas. Foi depois do MBA que fiz na FGV(Fundação Getúlio Vargas)no Rio de Janeiro que comecei a trabalhar com a implementação do Sistema de Qualidade ISO 9001 e depois com Treinamento e Desenvolvimento de Equipas(Formações). Fui convidada para montar a área de RH numa Instituição de Ensino com 9.000 alunos e 900 funcionários, entre docentes e técnicos administrativos. Estou lá há seis anos, hoje também dou aula nos cursos de Administração e na Pós-graduação de Gestão Empresarial. Adoro o que faço! Mas não paro por ai, estou a me especializar em Orientação profissional e Gestão de Carreira.
O que pensa dessa designação: área de "recursos humanos". Acha que com todos os avanços da administração, essa nomenclatura já deveria ter mudado? Será que as pessoas são mesmo recursos? Gostaria que comentasse.
Com certeza já deveria ter sido alterada, mas acredito e pratico uma gestão humanizada, que entende as pessoas e faz com que elas se tornem donas de si. Este é o real objectivo da área. Acredito que deveria chamar Gestão COM e PARA as pessoas, pois as pessoas em definitivo não são um recurso e sim as realizadoras de projectos. Projectos organizacionais, financeiros, de carreira e, principalmente, projecto de vida.
Como Paula vê o papel da área de Recursos Humanos nas Instituições de Ensino Superior (IES) e nas empresas de modo geral no actual momento, visto que o Brasil cresce exponencialmente, em relação à outros países.
A área de RH deve estar cada vez mais na gestão estratégica das organizações e governos. Esta é a área que tem o objectivo de orientar as lideranças a preservar a cultura, promover mudanças e tornar as pessoas mais felizes. Esta é a forma de todos atingirem excelentes resultados, não só para as empresas, mas para as suas vidas em particular. Quando possibilitamos que as pessoas encontrem seus lugares e compreendam o sentido de suas actividades todos ganham. As empresas ganham, pois atingem sempre melhores resultados, e os indivíduos ganham, pois se desenvolvem continuamente.
Como conciliar as competências individuais e a estratégia da empresa, num mundo onde as respostas têm de ser rápidas onde tudo é urgente neste mundo globalizado?
O indivíduo precisa, através do seu plano de carreira, traçar objectivos e identificar seus verdadeiros valores.A partir daí será possível harmonizar as competências individuais com a competências empresariais. Basta se preparar e escolher aquela organização que tem a ver com suas crenças.
Como a área de Recursos Humanos pode contribuir para que o líder se torne estratégico?
Auxiliando-o a ter segurança em suas próprias competências. Como? Através de programas que o desenvolva profissional e pessoalmente. Com o seu talento fortalecido o líder está pronto para desenvolver e formar equipas de alta performance.
Concorda que o papel do profissional de RH é também o de um educador? Afinal é parte das competências do profissional de RH ser gerador de mudança nas empresas...Pode comentar?
Concordo plenamente. O profissional de RH precisa conhecer o perfil das pessoas que fazem parte da organização para promover um ambiente de desenvolvimento de conhecimento, habilidades e atitudes. Fazer com que as pessoas exercitem o autoconhecimento e façam suas escolhas de forma saudável e feliz, promover reflexão sobre quem somos e o que queremos da vida, respeitando os interesses de cada um. É um papel fundamental da área de Gestão de Pessoas.
Na sua opinião, o que o Mundo Académico pode fazer para se aproximar do Mundo do Trabalho? Pois sabemos que muitas vezes essas duas áreas ainda não se aproximam.
Sem dúvida este é um grande desafio que temos pela frente. A Academia precisa mudar sua forma de ver o mundo, entender as demandas de crescimento não só do mercado de trabalho, mas também do ser humano individual e pleno. A área académica precisa desenvolver programas que atendam aos vários perfis e talentos existentes. A criação de um Núcleo de Carreira e Empregabilidade na Universidade é um bom caminho para trabalhar quatro grandes pilares:
1. Divulgação dos cursos de Graduação(Licenciaturas em Portugal) e Tecnólogos nas Escolas de ensino médio, através de um processo de orientação profissional, para que o jovem possa adquirir informação e fazer uma escolha de acordo com suas competências e interesses.
2. Promoção de uma reflexão, através da disciplina Orientação e Planeamento de Carreira no 1º período de cada curso,para que os alunos possam planear suas carreiras e refletir sobre o seu futuro profissional desde o início da faculdade.
3. Aumento da empregabilidade do aluno através da orientação ao aluno que vai participar de uma entrevista de
1º emprego ou busca uma promoção no seu trabalho (funciona como um coaching de carreira).
4. Promoção de palestras e mesas redondas com profissionais do mercado para os alunos a partir do 5º período (graduação) e 2º período tecnólogos, incluindo também os alunos de pós-graduação, extensão e mestrado.
Gostar de pessoas é fundamental para se atuar em RH... Que outras fortes características e valores diria que sejam imprescindíveis também?
O profissional de RH precisa ser um ótimo comunicador, saber passar as ideias e principalmente saber ouvir as pessoas; precisa conhecer a cultura e o modelo de gestão da empresa em que atua e conhecer as tendências e mudanças que o mercado de trabalho nos impõe. Mas a característica que acredito ser a principal, é entender que o ser humano é único, que possui interesses e competências únicas e que precisa ser respeitado e estimulado a buscar o seu sonho.
Como vê a "Era da Espiritualidade" no mundo corporativo. É possível ser mais humano nas relações com seus colaboradores, comunidade, clientes, parceiros e como a área de RH pode interferir nesse processo?
Essa é minha filosofia. O ser humano é pleno e busca constantemente sua felicidade, entendê-lo de forma holística nos possibilita respeitar e nos relacionar de maneira humanizada com todos ossteakeholders.
Para finalizar, em sua prática pessoal e profissional o que acha que faz uma pessoa se tornar um ser humano integral?Para conquistarmos a integralidade precisamos em primeiro lugar nos conhecer em profundidade, saber o que nos motiva, o que nos incomoda e o que desejamos em cada etapa de nossa vida. Acredito ser esse o caminho que nos leva através de erros e acertos, a conquistar os nossos sonhos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

HOMENAGEM DIA DO PROFESSOR - 15 de Outubro de 2010


O Dia do Professor na atualidade quase não é comemorado. Infelizmente, isso é um reflexo de que a sociedade de um modo geral ainda não compreendeu qual a importância do professor nas mudanças de um país.
Não deveria ter uma data de maior importância. Afinal sem bons professores, não temos bons profissionais (em nenhuma área)bons policiais, bons médicos,etc. Enfim as grandes prioridades saúde, segurança, educação e economia, ficam amplamente afetadas.
O pouco que consigo acompanhar dos candidatos à Presidência do Brasil, não parecem ter como pauta prioritária a Educação. Péssimo para o país. Todos perdem. Como acham que o país irá mudar, apenas com o petróleo da PETROBRAS? ACORDA BRASIL!!!
A carreira de professor no Brasil, há muito deixou de ser atrativa, em parte pelos baixos salários, além da violência explícita exibida em sala de aula. Em grande parte por alunos que sofrem violência, que vivem numa comunidade violenta e numa sociedade idem.
Só que isto não acontece só no Brasil, em muito escolas públicas da periferia de Paris, é uma constante. Quem assistiu ao filme/documentário "Entre os Muros da Escola" (Entre Les Murs) do francês Laurent Cantet,sabe do que estou falando. Quem não viu, recomendo.
Em muitos países como Suiça, Suécia, Canadá, Noruega, entre outros a profissão de professor ainda é uma carreira valorizada e disputada por talentos. Aqui em Portugal, ser professor ainda é valorizado, não como deveria, mas muito mais que no Brasil.
Temos que ter em mente que muitos professores do Brasil sequer tem acesso à cultura, muitos vêm de uma realidade em que apenas o que "sobrou" foi ser professor.Está na hora da mudança.Sim depende de nós mudar. Não adianta ficar apenas no domínio da reclamação. Ação!
Tenho inúmeras amigas e amigos no Brasil que continuam a acreditar na Educação como diferença para a mudança. Esta é minha homenagem à todos os EDUCADORES.Continuo educadora, mesmo temporariamente distante da sala de aula formal.
Lembro sempre que SOMOS TODOS EDUCADORES!

REFLETINDO SOBRE O ATO DE APRENDER - PAULO FREIRE

Aprender não é acumular certezas.
Nem estar fechado em respostas.
Aprender é incorporar a dúvida.
E estar aberto a múltiplos encontros.
Aprender não é dar por consumado uma busca.
Aprender não é ter aprendido.
Aprender não é nunca um verbo do passado.
Aprender não é um ato findo.
Aprender é um exercício constante de renovação.
Aprender é sentir-se humildemente sabedor de seus limite, mas com a coragem de não recuar diante dos desafios.
Aprender é debruçar-se com curiosidade sobre a realidade.
É reinventá-la com doçura dentro de si.
Aprender é conceder lugar a tudo e a todos.
E recriar o próprio espaço.
Aprender é reconhecer em si e nos outros o direito de ser dentro de inevitáveis repetições porque aprender e caminhar com seus pés um caminho já traçado.
É descobrir de repente uma pequena flor inesperada.
Aprender também novos rumos onde parecia morrer a esperança
Aprender é construir e reconstruir pacientemente
Uma obra que não será definitiva porque o humano é transitório.
Aprender não é conquistar nem apoderar-se mas peregrinar.
Aprender é estar sempre caminhando, não é reter, mas comungar
Tem que ser um ato de amor para não ser uma ato vazio.

Ps: Esta linda imagem retirei do blog: blogna.tv