quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

GENTE: COMPETÊNCIA ESSENCIAL

Achei esse texto fantástico e decidi publicá-lo aqui.

Fonte:http://www.gdtbrasil.com.br/indexgdtgente.htm

Gente: competência essencial

Roberia Cesar Souto Maior

Atualmente o mercado internacionalizado está impondo às organizações a necessidade de adotar modelos de gestão centrados na competência de seus profissionais. Mesmo diante de sistemas informatizados cada dia mais sofisticados, o ser humano continua a ser portador e produtor de conhecimentos. Os colaboradores não podem mais ficar restritos a cumprir procedimentos pré-estabelecidos, mas igualmente serem capazes de saber agir com pertinência diante de situações que exijam competência. Colocando praticidade na definição de competência pode-se dizer que é a capacidade das pessoas em resolver os problemas profissionais em um determinado contexto, em realizar as atividades e o trabalho que lhes foi designado.

Envolve, ainda, a capacidade de conviver com as diferenças interpessoais, culturais, de credo, raça... sem que essas diferenças interfiram no trabalho profissional. É a capacidade de memorizar, calcular, criar, inovar, ter iniciativa, perseverança. Tem tudo a ver com os conceitos que uma pessoa possui sobre si mesma e que se refletem nas atitudes, valores, emoções, ações e reações que ela expressa diante de uma situação. É a combinação de qualificações (conhecimentos teóricos + conhecimentos práticos + comportamentos) para produzir um resultado, para reagir a um acontecimento inesperado, dentro de um contexto organizacional, com capacidade e iniciativa de construir um novo aprendizado ou apresentar soluções realizáveis. Na organização, as competências reportam-se aos conhecimentos fundamentais disponíveis, todos os ativos materiais e imateriais.

O ser humano constitui-se numa particularidade, uma vez que os investimentos feitos e assimilados podem torná-lo fonte de potencial vantagem perante a concorrência. A gestão de pessoas, portanto, torna-se um dos aspectos mais importantes da organização e deve ser feita pela integração dos conhecimentos adquiridos pelo indivíduo e por suas qualidades individuais, desenvolvidas desde suas formações familiares, sociais, valores, experiências, esforço pessoal, objetivos e metas de vida. Pelo lado profissional, através dos objetivos que a empresa pretende alcançar e pelas políticas de pessoal adotadas pela empresa. Gerenciar as competências humanas deveria ser encarada pela organização como um dos objetivos estratégicos, a fim de assegurar a competitividade no mercado. Apesar de este não ser ainda um pensamento unânime nas empresas, já se observa uma certa reflexão que pode redundar em realidade. Vista como essencial em qualquer organização, a competência pode ser analisada segundo quatro critérios:

* os procedimentos intelectuais (estratégias de resolução de problemas desenvolvidas durante os estudos e o trabalho);

* os conhecimentos adquiridos tanto teóricos como técnicos;

* as relações de tempo e de espaço (a capacidade de tratar um número de dados informacionais e ampliar o campo de análise antecipada dos problemas);

* as relações interpessoais.

Quando todos aqueles que trabalham com pessoas, e não somente os que trabalham no RH, despertarem para a valorização dos cérebros humanos, então a competência tornar-se-á mais acirrada. Enquanto isto não acontece, que tal os empresários passarem a olhar os empregados com um olhar de investimento e não somente de custos? Investirem, pelo menos, em três aspectos:

* Competência individual - o querer agir: esse é um investimento deve ser feito em todos os níveis organizacionais, munindo as pessoas de informações para que elas se disponham a participar das decisões importantes da empresa.

* Competência coletiva - o saber agir: constituída do conjunto organizado das competências individuais, numa espécie de equipe multidisciplinar, multifacetada, em perfeito entrosamento relacional com o ambiente e com as pessoas que o compõe, todos com o mesmo objetivo: a sobrevivência organizacional. Esse "perfeito" entrosamento não significa ausência de conflitos, mas a capacidade de enfrentá-los e minimizá-los da melhor forma em prol de um objetivo comum.

* Competência organizacional - o poder agir: construída a partir da história da empresa, cultura, sistema de valores, combinação de saberes individuais e coletivos, métodos de aquisição, gestão e desenvolvimento de pessoal, tecnologias e métodos de produção transmitidos de maneira formal e informal, sistema gerencial, ativos materiais e financeiros, alcançando um desempenho seguro e econômico, transformada em empowerment.

Gerenciar competências é uma construção feita por toda a organização, a partir da conscientização de todos da real importância das pessoas e de suas inteligências colocadas a serviço da empresa. Não se encontra à disposição através de consultores! É uma mudança na estratégia global e na estrutura organizacional, na definição de alvos e objetivos e na metodologia de ação para o alcance dos resultados e vai exigir dos gestores um novo posicionamento com relação às pessoas.

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